Acompanhe a reforma do Muro do Carmelo


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Nosso Mosteiro, por ter uma estrutura de pouco mais de meio século, muitas são as necessidades de reparo estruturais. Dentre as mais urgentes, está o extenso o muro dos fundos da propriedade que dão segurança e privacidade às irmãs.
Para esta primeira etapa da obra, o muro e outras urgências, queremos pedir sua ajuda, por menor que seja, para chegarmos aos valor de R$ 50.000,00

Dia 16 - SOLENE COMEMORAÇÃO DA BEM-AVENTURADA

VIRGEM MARIA DO MONTE CARMELO

            A Sagrada Escritura exalta a beleza do Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a pureza da fé de Israel em Deus vivo. Aí, junto à fonte que tomou o nome do profeta, estabelecerem-se, pelos fins do século XII, alguns eremitas que construíram um oratório em honra da mãe de Deus, escolhendo-a como sua padroeira e titular. Consideram-na como mãe e modelo e disto tiveram comprovada experiência: primeiro, na prática da vida contemplativa e, depois, no dom aos irmãos das riquezas hauridas na comunhão com Deus. Por isso, foram chamados "Irmãos de santa Maria do Monte Carmelo".

            A comemoração solene celebrada, em diversos lugares, já no século XIV, propagou-se por toda a Ordem como sinal de gratidão aos Irmãos pelos inumeráveis benefícios concedidos pela santíssima Mãe de Deus à "sua família".

             Não se pode compreender o Carmelo sem a presença viva de Maria. Ela é mãe e irmã que caminha conosco nas estradas do mundo. É a peregrina e a Virgem da esperança que não permite o desânimo em nós. Modelo da nossa vida contemplativa, ela nos ensina a acolher, a meditar e a conservar a palavra de Deus no Coração.

Santíssima Trindade:

S. Josemaria em uma das suas catequeses, explicava, a propósito de como falar sobre Deus: "E quando (...) disserem a você que não entendem a Trindade e a Unidade, responda-lhes que eu também não a entendo, mas que a amo e venero. Se compreendesse as grandezas de Deus, se Deus coubesse nesta pobre cabeça, meu Deus seria muito pequeno..., e, no entanto, cabe - quer caber - no meu coração, na profundidade imensa da minha alma, que é imortal". Um Deus totalmente compreensível não seria mistério, seria pouca coisa. Por outro lado, o paradoxo cristão consiste no fato de que, apesar de que a Trindade infinita não possa ser compreendida pela nossa inteligência, ao mesmo tempo habita em nós, em nosso coração.

"SENHOR OBRIGADO PORQUE ÉS TÃO GRANDE QUE NÃO CABES NA MINHA CABEÇA, E OBRIGADO TAMBÉM PORQUE CABES EM MEU CORAÇÃO!"


Novena de Pentecostes:

Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!
Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.
Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons
Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna!
Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!

-Enviai Senhor o vosso Espírito:

-E renovais a face da terra. 

Frei Tito: um homem comprometido com os desafios do seu tempo

O carmelita holandês frei Tito Brandsma, morto no campo de concentração em Dachau, será canonizado neste domingo (15/05), junto com Charles de Foucauld e Maria Rivier. Ao todo, dez beatos serão proclamados santos pelo Papa Francisco.

"Um homem que respondeu às exigências do seu tempo através do seu sim, da radicalidade total ao Evangelho, e ao mesmo tempo a sua entrega à verdade e à justiça, pautado na Palavra de Deus".  

"A espiritualidade do Carmelo que é vida de oração e de terna devoção a Maria, me levaram à feliz decisão de abraçar esta vida. O espírito do Carmelo me fascinou!".

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O 59º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
[8 de maio de 2022 - IV Domingo de Páscoa]

Chamados a acolher o olhar de Deus

As seguintes palavras são atribuídas a Miguel Ângelo Buonarroti: «No interior de cada bloco de pedra, há uma estátua, cabendo ao escultor a tarefa de a descobrir». Se tal pode ser o olhar do artista, com muito mais razão assim nos vê Deus: naquela jovem de Nazaré, viu a Mãe de Deus; no pescador Simão, filho de Jonas, viu Pedro, a rocha sobre a qual podia construir a sua Igreja; no publicano Levi, entreviu o apóstolo e o evangelista Mateus; em Saulo, cruel perseguidor dos cristãos, viu Paulo, o apóstolo dos gentios. O seu olhar de amor sempre nos alcança, toca, liberta e transforma, fazendo com que nos tornemos pessoas novas.

Esta é a dinâmica de cada vocação: somos alcançados pelo olhar de Deus, que nos chama. A vocação - como aliás a santidade - não é uma experiência extraordinária reservada a poucos. Tal como existem «os santos ao pé da porta» (Francisco, Exort. ap. Gaudete et exsultate, 6-9), assim também a vocação é para todos, porque todos são olhados com amor e chamados por Deus.

Diz um provérbio do Extremo Oriente: «Um sábio, ao olhar o ovo, sabe ver a águia; ao olhar a semente, vislumbra uma grande árvore; ao olhar um pecador, sabe entrever um santo». É assim que Deus nos olha: em cada um de nós, vê potencialidades, às vezes ignoradas por nós mesmos, e atua incansavelmente, ao longo da nossa vida, a fim de as podermos colocar ao serviço do bem comum.

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/vocations/documents/20220508-messaggio-59-gm-vocazioni.html

Feliz Páscoa!

"Jesus Ressuscitado não é um tesouro para ser retido, mas um dom a ser partilhado!".          (documento Contemplai)

"Se estais alegres, vede-O ressuscitado: só O imaginar como saiu do sepulcro vos alegrará. Com quanta claridade e com que formosura! que majestade! quão vitorioso e alegre! Como quem se saiu tão bem da batalha onde ganhou um tão grande reino, o qual quer todo para vós e a Si mesmo com ele."                                      Santa Teresa D´Ávila (CP 26, 4) - Texto mais abaixo...

DOMINGO DA MISERICÓRIDIA

Tomé

CATEQUESE SOBRE OS APÓSTOLOS - PAPA BENTO XVI 

Queridos irmãos e irmãs!

Prosseguindo os nossos encontros com os doze Apóstolos escolhidos diretamente por Jesus, hoje dedicamos a nossa atenção a Tomé. Sempre presente nas quatro listas contempladas pelo Novo Testamento, ele, nos primeiros três Evangelhos, é colocado ao lado de Mateus (cf. Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6, 15), enquanto nos Atos está próximo de Filipe (cf. Act 1, 13). O seu nome deriva de uma raiz hebraica, ta'am, que significa "junto", "gémeo". De facto, o Evangelho chama-o várias vezes com o sobrenome de "Dídimo" (cf. Jo 11, 16; 20, 24; 21, 2), que em grego significa precisamente "gémeo". Não é claro o porquê deste apelativo.

Sobretudo o Quarto Evangelho oferece-nos informações que reproduzem alguns traços significativos da sua personalidade. O primeiro refere-se à exortação, que ele fez aos outros Apóstolos, quando Jesus, num momento crítico da sua vida, decidiu ir a Betânia para ressuscitar Lázaro, aproximando-se assim perigosamente de Jerusalém (cf. Mc 10, 32). Naquela ocasião Tomé disse aos seus condiscípulos: "Vamos nós também, para morrermos com Ele" (Jo 11, 16).

Esta sua determinação em seguir o Mestre é deveras exemplar e oferece-nos um precioso ensinamento: revela a disponibilidade total a aderir a Jesus, até identificar o próprio destino com o d'Ele e querer partilhar com Ele a prova suprema da morte. De facto, o mais importante é nunca separar-se de Jesus. Por outro lado, quando os Evangelhos usam o verbo "seguir" é para significar que para onde Ele se dirige, para lá deve ir também o seu discípulo. Deste modo, a vida cristã define-se como uma vida com Jesus Cristo, uma vida a ser transcorrida juntamente com Ele. São Paulo escreve algo semelhante, quando tranquiliza os cristãos de Corinto com estas palavras: "estais no nosso coração para a vida e para a morte" (2 Cor 7, 3). O que se verifica entre o Apóstolo e os seus cristãos deve, obviamente, valer antes de tudo para a relação entre os cristãos e o próprio Jesus: morrer juntos, viver juntos, estar no seu coração como Ele está no nosso.

Uma segunda intervenção de Tomé está registada na Última Ceia. Naquela ocasião Jesus, predizendo a sua partida iminente, anuncia que vai preparar um lugar para os discípulos para que também eles estejam onde Ele estiver; e esclarece: "E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho" (Jo 14, 4). É então que Tomé intervém e diz: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?" (Jo 14, 5). Na realidade, com esta expressão ele coloca-se a um nível de compreensão bastante baixo; mas estas suas palavras fornecem a Jesus a ocasião para pronunciar a célebre definição: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6). Portanto, Tomé é o primeiro a quem é feita esta revelação, mas ela é válida também para todos nós e para sempre. Todas as vezes que ouvimos ou lemos estas palavras, podemos colocar-nos com o pensamento ao lado de Tomé e imaginar que o Senhor fala também conosco como falou com ele.

Ao mesmo tempo, a sua pergunta confere também a nós o direito, por assim dizer, de pedir explicações a Jesus. Com frequência nós não o compreendemos. Temos a coragem para dizer: não te compreendo, Senhor, ouve-me, ajuda-me a compreender. Desta forma, com esta franqueza que é o verdadeiro modo de rezar, de falar com Jesus, exprimimos a insuficiência da nossa capacidade de compreender, ao mesmo tempo colocamo-nos na atitude confiante de quem espera luz e força de quem é capaz de as doar.

Depois, muito conhecida e até proverbial é a cena de Tomé incrédulo, que aconteceu oito dias depois da Páscoa. Num primeiro momento, ele não tinha acreditado em Jesus que apareceu na sua ausência, e dissera: "Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito" (Jo 20, 25). No fundo, destas palavras sobressai a convicção de que Jesus já é reconhecível não tanto pelo rosto quanto pelas chagas. Tomé considera que os sinais qualificadores da identidade de Jesus são agora sobretudo as chagas, nas quais se revela até que ponto Ele nos amou. Nisto o Apóstolo não se engana. Como sabemos, oito dias depois Jesus aparece no meio dos seus discípulos, e desta vez Tomé está presente. E Jesus interpela-o: "Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!" (Jo 20, 27). Tomé reage com a profissão de fé mais maravilhosa de todo o Novo Testamento: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 28). A este propósito, Santo Agostinho comenta: Tomé via e tocava o homem, mas confessava a sua fé em Deus, que não via nem tocava. Mas o que via e tocava levava-o a crer naquilo de que até àquele momento tinha duvidado" (In Iohann. 121, 5). O evangelista prossegue com uma última palavra de Jesus a Tomé: "Porque me viste, acreditaste. Felizes os que, sem terem visto, crerão" (cf. Jo 20, 29). Esta frase também se pode conjugar no presente; "Bem-aventurados os que crêem sem terem visto".

Contudo, aqui Jesus enuncia um princípio fundamental para os cristãos que virão depois de Tomé, portanto para todos nós. É interessante observar como o grande teólogo medieval Tomás de Aquino, compara com esta fórmula de bem-aventurança aquela aparentemente oposta citada por Lucas: "Felizes os olhos que vêem o que estais a ver" (Lc 10, 23). Mas o Aquinate comenta: "Merece muito mais quem crê sem ver do que quem crê porque vê" (In Johann. XX lectio VI 2566). De facto, a Carta aos Hebreus, recordando toda a série dos antigos Patriarcas bíblicos, que acreditaram em Deus sem ver o cumprimento das suas promessas, define a fé como "fundamento das coisas que se esperam e comprovação das que não se vêem" (11, 1). O caso do Apóstolo Tomé é importante para nós pelo menos por três motivos: primeiro, porque nos conforta nas nossas inseguranças; segundo porque nos demonstra que qualquer dúvida pode levar a um êxito luminoso além de qualquer incerteza; e por fim, porque as palavras dirigidas a ele por Jesus nos recordam o verdadeiro sentido da fé madura e nos encorajam a prosseguir, apesar das dificuldades, pelo nosso caminho de adesão a Ele.

Uma última anotação sobre Tomé é-nos conservada no Quarto Evangelho, que o apresenta como testemunha do Ressuscitado no momento seguinte à pesca milagrosa no Lago de Tiberíades (cf. Jo 21, 2). Naquela ocasião ele é mencionado inclusivamente logo depois de Simão Pedro: sinal evidente da grande importância de que gozava no âmbito das primeiras comunidades cristãs. Com efeito, em seu nome foram escritos depois os Actos e o Evangelho de Tomé, ambos apócrifos mas contudo importantes para o estudo das origens cristãs. Por fim recordamos que segundo uma antiga tradição, Tomé evangelizou primeiro a Síria e a Pérsia (assim refere já Orígenes, citado por Eusébio de Cesareia, Hist. eccl. 3, 1) depois foi até à Índia ocidental (cf. Actos de Tomé 1-2 e 17ss.), de onde enfim alcançou também a Índia meridional. Nesta perspectiva missionária terminamos a nossa reflexão, expressando votos de que o exemplo de Tomé corrobore cada vez mais a nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor e nosso Deus.


Semana Santa no Carmelo - 2022

MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA DE 2022

«Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos»                    (Gal 6, 9-10a).

Confira na íntegra:  

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/lent/documents/20211111-messaggio-quaresima2022.html


JUDAS E PEDRO (POR RAFAEL STANZIONA DE MORAES)

«A principal diferença entre as histórias de Judas e de Pedro está no seu desfecho. Os dois traíram, ambos se afastaram de Jesus. Mas Pedro terminou bem: reassumiu a sua condição de Apóstolo e chegou a ser a Rocha firme de que Deus necessitava para a sua Igreja. Ao passo que Judas terminou mal, num horrível suicídio. Por que essa diferença?»

https://blog.quadrante.com.br/judas-e-pedro-por-rafael-stanziona-de-moraes/

O modo de recolher o pensamento.

(Santa Teresa Caminho de Perfeição 26)

1. Procurai logo, filhas, pois estais sós, arranjar companhia. E que melhor que a do mesmo Mestre que ensinou a oração que ides rezar? Representai-vos o mesmo Senhor junto de vós e vede com que amor e humildade Ele vos está ensinando. E crede-me, enquanto puderdes, não estejais sem tão bom Amigo. Se vos acostumardes a trazê-lO ao pé de vós e Ele vir que o fazeis com amor e andais procurando contentá-lO, não podereis - como dizem - afastá-lO de vós; nunca vos faltará; ajudar-vos-á em todos os vossos trabalhos; achá-lO-eis em toda a parte; e pensais que é pouco ter um tal Amigo a vosso lado?

3. Não vos peço agora para pensardes n'Ele, nem que formeis muitos conceitos, nem que façais grandes e deliberadas considerações com o vosso entendimento; não vos peço senão que olheis para Ele. Pois, quem vos impede de volver os olhos da alma, mesmo que seja por um instante, se mais não puderdes, para este Senhor? Pois podeis olhar para coisas muito feias, não podereis olhar para a coisa mais formosa que se pode imaginar? E nunca, filhas, o vosso Esposo desvia de vós os olhos, e tem-vos sofrido mil coisas feias e abominações contra Ele, e tudo não tem bastado para que deixe de olhar para vós; e será muito que, desviados os olhos dessas coisas exteriores, olheis para Ele algumas vezes? Olhai que não está aguardando outra coisa, conforme disse à Esposa, senão que olhemos para Ele. Como O quiserdes, O achareis. Tem em tanta conta que O voltemos a olhar, que não falhará por menos diligência Sua. 

4. Tal como dizem que há de fazer a mulher, para ser bem casada com seu marido: se ele está triste, ela se há de mostrar triste, e alegre se está alegre, ainda que nunca o esteja (vede de que sujeição vos livrastes, irmãs). Isto, em verdade, sem fingimento, faz o Senhor conosco: faz-se Ele o escravo e quer que sejais vós a senhora, e andar Ele a vosso gosto. Se estais alegres, vede-O ressuscitado: só O imaginar como saiu do sepulcro vos alegrará. Com quanta claridade e com que formosura! que majestade! quão vitorioso e alegre! Como quem se saiu tão bem da batalha onde ganhou um tão grande reino, o qual quer todo para vós e a Si mesmo com ele. Será, pois, muito que, a quem tanto vos dá, volvais uma vez os olhos a fitá-lO? 

5. Se estais em trabalhos ou tristes, vede-O a caminho do Horto: que aflição tão grande levava em sua alma, pois, com ser a mesma paciência, confessa essa aflição e dela se queixa. Ou vede-O atado à coluna, cheio de dores, Sua carne toda feita em pedaços pelo muito que vos ama; tanto padecer, perseguido por uns, cuspido por outros, negado pelos Seus amigos, desamparado por eles, sem ninguém que seja por Ele, gelado de frio, posto em tanta soledade, que um com o outro vos podeis consolar. Ou vede-O carregado com a cruz, que nem O deixavam tomar fôlego. Olhar-vos-á, com olhos tão formosos e piedosos, cheios de lágrimas, e olvidará Suas dores para consolar as vossas, só por irdes consolar-vos com Ele e voltardes a cabeça a fitá-lO. 

6. Ó Senhor do mundo, verdadeiro Esposo meu! - Podeis dizer-Lhe, se o vosso coração se enterneceu de O ver assim, que não só queirais olhar para Ele, mas tenhais gosto de falar com Ele; não orações compostas, mas da pena do vosso coração, que Ele as tem em muita, muita conta -, tão necessitado estais, Senhor meu e meu Bem, que queirais admitir uma pobre companhia como a minha e vejo em Vosso semblante que Vos consolastes comigo? Pois como, Senhor meu, é possível que vos deixem só os anjos e que nem mesmo Vos console o Vosso Pai? Se assim é, Senhor, que tudo isto quereis passar por mim, que é isto o que eu passo por Vós? De que me queixo? Que já tenho vergonha de assim Vos ter visto e quero passar, Senhor, todos os trabalhos que me vierem e tê-los em grande bem para Vos imitar nalguma coisa. Andemos juntos, Senhor; por onde fordes, tenho de ir; por onde passardes, tenho de passar. 

7. Pegai, filhas, naquela cruz. Não se vos dê nada que vos atropelem os judeus, para que Ele não vá em tanto trabalho. Não façais caso do que vos disserem. Fazei-vos surdas às murmurações. Tropeçando, caindo com o vosso Esposo, não vos aparteis da cruz, nem a deixeis. Olhai muito ao cansaço com que vai e quanto Seus trabalhos levam vantagem ao que vós padeceis. Por grandes que os queirais pintar, e por muito que os queirais sentir, saireis consoladas deles, porque vereis serem uma farsa comparados com os do Senhor.

DIA DE NOSSA MÃE SANTÍSSIMA DO CARMO!!

No dia 16 de julho, glorifiquemos o Senhor, recordando os benefícios da Virgem Maria, 
Mãe e Rainha do Carmelo.
Estrela que brilha como sinal seguro de esperança e consolação.

Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo!

"Se estais em trabalhos ou tristes, vede-O (Jesus) a caminho do Horto: que aflição tão grande levava em sua alma, pois, com ser a mesma paciência, confessa essa aflição e dela se queixa. Ou vede-O atado à coluna, cheio de dores, Sua carne toda feita em pedaços pelo muito que vos ama; tanto padecer, perseguido por uns, cuspido por outros, negado pelos Seus amigos, desamparado por eles, sem ninguém que seja por Ele, gelado de frio, posto em tanta soledade, que um com o outro vos podeis consolar. Ou vede-O carregado com a cruz, que nem O deixavam tomar fôlego. Olhar-vos-á, com olhos tão formosos e piedosos, cheios de lágrimas, e olvidará Suas dores para consolar as vossas, só por irdes consolar-vos com Ele e voltardes a cabeça a fitá-lO.

Ó Senhor do mundo, verdadeiro Esposo meu! - Podeis dizer-Lhe, se o vosso coração se enterneceu de O ver assim, que não só queirais olhar para Ele, mas tenhais gosto de falar com Ele; não orações compostas, mas da pena do vosso coração, que Ele as tem em muita, muita conta -, tão necessitado estais, Senhor meu e meu Bem, que queirais admitir uma pobre companhia como a minha e vejo em Vosso semblante que Vos consolastes comigo? Pois como, Senhor meu, é possível que vos deixem só os anjos e que nem mesmo Vos console o Vosso Pai? Se assim é, Senhor, que tudo isto quereis passar por mim, que é isto o que eu passo por Vós? De que me queixo? Que já tenho vergonha de assim Vos ter visto e quero passar, Senhor, todos os trabalhos que me vierem e tê-los em grande bem para Vos imitar nalguma coisa. Andemos juntos, Senhor; por onde fordes, tenho de ir; por onde passardes, tenho de passar.

Pegai, filhas, naquela cruz. Não se vos dê nada que vos atropelem os judeus, para que Ele não vá em tanto trabalho. Não façais caso do que vos disserem. Fazei-vos surdas às murmurações. Tropeçando, caindo com o vosso Esposo, não vos aparteis da cruz, nem a deixeis. Olhai muito ao cansaço com que vai e quanto Seus trabalhos levam vantagem ao que vós padeceis. Por grandes que os queirais pintar, e por muito que os queirais sentir, saireis consoladas deles, porque vereis serem uma farsa comparados com os do Senhor."

Caminho de Perfeição, 26, 5ss, Santa Teresa de Jesus

Nosso Pai São José, Rogai por nós!!

DO LIVRO DA VIDA 

DE SANTA MADRE TERESA DE JESUS


Quando vi o estado a que me tinham reduzido os médicos da terra e estando tão enferma em tão jovem idade, decidi recorrer aos médicos do céu e pedir-lhes a saúde, porque, muito embora suportasse a doença com tanta alegria, desejava também ser curada. Pensava que, se com saúde acabasse condenada, melhor seria ficar assim, mas também imaginava, com a saúde, ser capaz de melhor servir ao Senhor. Eis o nosso erro: não querer abandonar-nos em tudo às mãos de Deus, que sabe melhor do que nós o que nos convém. Comecei a encomendar missas e a fazer orações aprovadas (...)

Tomei então por meu advogado e patrono o glorioso São José e a ele me confiei com fervor. Este meu pai e protetor me ajudou na necessidade em que me achava e em muitas outras mais graves, em que estava em jogo a minha honra e a salvação da minha alma. Vi claramente que a sua ajuda me foi sempre maior do que eu pudesse esperar. Não me lembro de ter jamais lhe rogado uma graça sem a ter imediatamente obtido. E é coisa que maravilha recordar os grandes favores que o Senhor me fez e os perigos de alma e corpo de que me livrou por intercessão deste santo bendito.A outros santos parece que Deus concedeu socorrer-nos nesta ou naquela precisão, mas experimentei que a todas o glorioso São José estende o seu patrocínio. O Senhor quer assim nos mostrar que, tal como esteve sujeito a ele na terra, onde ele podia comandá-lo como pai adotivo, assim também no céu atende tudo o que ele pede. E assim reconheceram, por experiência, ainda outras pessoas que a meu conselho se recomendaram ao seu patrocínio. Muitos outros se tornaram recentemente seus devotos por terem experimentado esta verdade.

Eu procurava celebrar sua festa com a máxima solenidade (...) Pela grande experiência que tenho dos favores obtidos de São José, quisera que todos se persuadissem de lhe ser devotos. Não conheci pessoa que lhe fosse verdadeiramente devota e lhe prestasse particular serviço sem fazer progressos na virtude. Ele ajuda muitíssimo quem a ele se recomenda. Há já vários anos que, no dia da sua festa, eu lhe peço alguma graça e sempre sou ouvida. Se o que peço não é tão reto, ele o ajeita para meu bem maior.

Se as minhas palavras tivessem autoridade, com gosto narraria em detalhes as graças que este glorioso santo tem concedido a mim e a outros, mas, não querendo ir além dos limites que me foram impostos, em muitas coisas serei mais breve do que gostaria e em outras mais demorada que o necessário: em suma, como quem tem pouca discrição em tudo o que é bem. Peço apenas, pelo amor de Deus, que quem não me crer faça a prova e verá por experiência quão benéfico é confiar-se a este glorioso Patriarca e lhe ser devoto.

FELIZ NATAL!!!

Assim Se nos apresenta Deus, num menino, para fazer-Se acolher nos nossos braços. Naquela fraqueza e fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível, mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a grandeza do seu amor, que se manifesta num sorriso e nas suas mãos estendidas para quem quer que seja. (Papa Francisco)

Que possamos experimentar neste Natal a grandeza deste amor de Deus por nós, e que, agradecidos, caminhemos em Sua presença ao longo deste ano que se inicia...

Irmãs Carmelitas


Abre, ó Virgem santa, teu coração à fé, teus lábios ao consentimento, teu seio ao Criador. Eis que o Desejado de todas as nações bate à tua porta. 


Ah! Se tardas e ele passa, começarás novamente a procurar com lágrimas aquele que teu coração ama! 


Levanta-te, corre, abre. Levanta-te pela fé, corre pela entrega a Deus, abre pelo consentimento. Eis aqui, diz a Virgem, a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38).


de São Bernardo (Homilias em louvor da Virgem Mãe)
E o Verbo se fez carne ... 

Um mosteiro contemplativo constitui um dom para a Igreja particular a que pertence... representa a própria intimidade de uma Igreja, o coração onde o Espírito geme e intercede continuamente pelas necessidades da comunidade inteira..." (Verbi Sponsa n°8) 

Carmelo Santíssima Trindade -Tanguá/RJ
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